Cleo Diára ganha o prêmio de melhor atriz na mostra Un Certain Regard pela sua performance em O Riso e a Faca

Jonathan Guilherme e Cleo Diára

Aplausos para Cleo Diára! A atriz cabo-verdiana ganhou o Prêmio Melhor Interpretação Feminina na Mostra Un Certain Regard, representando ‘O RISO E A FACA’! 🏆

Dirigido pelo cineasta português Pedro Pinho, o longa-metragem produzido pela brasileira Tati Leite teve sua estreia mundial no Festival de Cannes. ‘O RISO E A FACA’ foi reconhecido pela crítica como um “trabalho notável ao criar uma história humana envolvente, repleta de nuances sociopolíticas e históricas” (Screen Daily).

Distribuído pela Vitrine Filmes no Brasil, 'O RISO E A FACA' ainda não tem data de estreia definida.

SOBRE O FILME

O RISO E A FACA” conta a história do engenheiro ambiental Sérgio, português que viaja para uma metrópole na África Ocidental onde vai trabalhar num projeto rodoviário entre o deserto e a selva. Lá, ele desenvolve um relacionamento íntimo com dois moradores da cidade, Diára e Gui. No trio de protagonistas, está o brasileiro Jonathan Guilherme, ex-atleta de vôlei que trocou as quadras pela arte e hoje é poeta em Barcelona, na Espanha, onde mora. Ele dá vida ao personagem Gui e contracena com o português Sérgio Coragem, conhecido por seus papéis em “Verão Danado” (2017) e “Fogo-Fátuo” (2022); e a cabo-verdiana Cleo Diára, de “Diamantino” (2018).

Fruto de uma parceria entre Portugal, Brasil, Romênia e França, o longa dirigido pelo português Pedro Pinho, de “A Fábrica de Nada” (2017), foi escolhido para integrar a mostra Un Certain Regard, a segunda mais importante do evento.

Batizado a partir de uma música homônima do músico cantor e compositor baiano Tom Zé, o filme foi rodado na Guiné-Bissau e no deserto da Mauritânia entre fevereiro de 2022 e janeiro de 2024 e é coproduzido pela brasileira Bubbles Project, com distribuição no Brasil da Vitrine Filmes.

BRASILEIROS

Jonathan não é o único brasileiro no elenco, que conta ainda com a participação do doutor em antropologia Renato Sztutman, interpretando a si mesmo. Nomes do cinema nacional estão presentes em cargos-chave do projeto, falado em português e criolo. Uma das produtoras de “O RISO E A FACA” é a brasileira Tatiana Leite (“Malu”, 2024), fundadora da Bubbles Project, uma das empresas que assinam a produção do longa, que ainda traz os também brasileiros Rodrigo Letier (“Gabriel e a Montanha”, 2017), da Kromaki Filmes, como produtor associado e Eduardo Nasser na direção de produção. Miguel Seabra Lopes (“A Febre”), nascido em Portugal e com nacionalidade brasileira, é um dos roteiristas do filme.

Na área técnica, o longa também conta com a experiência e o talento de vários profissionais brasileiros, como o diretor de fotografia Ivo Lopes Araújo (“Tatuagem”, 2013), a montadora Karen Akerman (“O Lobo Atrás da Porta”, 2013) e o editor de som Pablo Lamar (“A Flor do Buriti”, 2024). A lista de colaboradores nacionais ainda tem Stella Rainer, Wanessa Malta, Vernal Santos, Amina Nogueira, Caio Costa, Martão Vagner, Isabel Lessa, Victor Hugo Pancaldi, Fernando Junior, entre outros, somando 31 brasileiros na equipe.

Tatiana Leite conta que aceitou o convite dos produtores portugueses sem hesitar: “eu já era fã do filme anterior do Pedro ‘A Fábrica do Nada’ e o argumento de ‘O RISO E A FACA’ me tocou profundamente. Sabia que seria uma jornada desafiadora: pela relevância política, pela delicadeza do tema e por expor feridas abertas da colonização.

O processo foi ainda mais intenso do que imaginei. Filmamos por 4 meses em película na Guiné-Bissau e Mauritânia, atravessamos a pandemia e seguimos juntos, com uma equipe incrível de portugueses, brasileiros, africanos, franceses e romenos.

A saga foi dura, mas ao ver o material pronto, sinto que fizemos algo raro e precioso. Amo ouvir cada personagem revelar as agruras do mundo onde estão emergidos, ao mesmo tempo que buscam completar suas próprias jornadas enquanto indivíduos. Após a estreia em Cannes, mal posso esperar para mostrar o filme ao público brasileiro”.

SINOPSE:

Sérgio viaja para uma metrópole da África Ocidental. Vai trabalhar como engenheiro ambiental para uma ONG, na construção de uma estrada entre o deserto e a selva. Ali, envolve-se numa relação íntima mas desequilibrada com dois habitantes da cidade, Diára e Gui. À medida que adentra nas dinâmicas neocoloniais da comunidade de expatriados, esse laço frágil torna-se o seu último refúgio perante a solidão ou a barbárie.

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