ĂšLTIMOS

Entrevista com o eliminado do 'BBB 24': Rodriguinho

Foto: Globo/JoĂŁo Cotta

Rodriguinho tinha um propĂłsito diferente da maioria dos participantes ao no entrar Big Brother Brasil. NĂŁo foi atrás de fama – já era conhecido nacionalmente –, nĂŁo buscava ganhar dinheiro, tampouco procurava diversĂŁo em momentos de festas. “Era um pouco disso que eu queria no BBB: ser ouvido. O programa te dá uma cara. Ele me projetou de uma forma que eu nunca havia me projetado para o Brasil”, conta sobre o desafio. O agora ex-participante, que se despediu da disputa nesta terça-feira, dia 27, com 78,23% dos votos, fez com Fernanda e Pitel amizades pretende levar para a vida, mas tambĂ©m teve desafetos declarados, como Davi, a quem proferiu palavras das quais se arrepende: “É fácil apontar uma fala minha, mas aconteciam coisas lá dentro que nĂŁo acontecem aqui fora. A forma que eu chorava lá dentro eu nĂŁo choro aqui fora. Eu tive aprendizados ali que eu nĂŁo sei em que escola eu teria que entrar aqui para aprender. EntĂŁo, eu acho que a nĂ­vel intelectual, de vida e de trabalho, sim, eu subi alguns degraus”, avalia.

Na entrevista a seguir, Rodriguinho identifica erros e acertos em sua passagem pelo BBB, comenta os motivos que levaram a pensar em uma possĂ­vel desistĂŞncia e ainda fala sobre as amizades e inimizades que estabeleceu dentro da casa mais vigiada do Brasil.

Qual era o seu maior propósito ao entrar no Big Brother Brasil? Acredita ter chegado perto de alcançá-lo?
Era um desafio. Na minha carreira eu já tinha feito de tudo e eu queria dar uma guinada, queria chegar a outro lugar. O público do BBB é diferente, não é o mesmo da música. A minha esposa sempre quis participar do BBB e, quando eu recebi o convite, só pensei nela, então deixa eu tentar viver um sonho que ela teve. Ainda não sei como estão todas as coisas, mas eu creio que, mesmo com pontos supostamente negativos, eu fui para um lugar que eu não tinha. E o melhor de tudo isso é que eu vou ter tempo para falar sobre essas coisas. Era um pouco disso que eu queria no BBB: ser ouvido. O programa te dá uma cara. Ele me projetou de uma forma que eu nunca havia me projetado para o Brasil. É fácil apontar uma fala minha, mas aconteciam coisas lá dentro que não acontecem aqui fora. A forma que eu chorava lá dentro eu não choro aqui fora. Eu tive aprendizados ali que eu não sei em que escola eu teria que entrar aqui para aprender. Então, eu acho que a nível intelectual, de vida e de trabalho, sim, eu subi alguns degraus.

O BBB Ă© muito diferente do que vocĂŞ imaginava antes de entrar?
Muito diferente! Primeiro, porque a gente está vivendo com pessoas que a gente não conhece. A gente que entra como Camarote, que é um artista já conhecido, parece ter uma vantagem, mas lá dentro não é, é até pior. A proporção do que eu falo é outra. Só que tem horas em que a gente esquece das câmeras, a gente esquece de tudo o que está acontecendo e fala coisas. Mas de tudo o que eu falei não tem nenhum desvio de caráter. Para mim, foi uma experiência de me conhecer, de saber que tive falas erradas e ponto. E vamos resolver, vamos falar sobre isso. O que as pessoas veem é a parte do entretenimento, mas lá dentro é tudo muito intenso. Ontem eu tive uma conversa com a Wanessa e com a Yasmin no sentido de que quando a gente começa a nossa carreira e a gente tem que seguir alguns passos para chegar a algum lugar. Chega em um determinado momento em que você quer criar asas, você quer fazer as coisas do seu jeito. Já faz um bom tempo que eu cheguei nesse lugar e, de repente,[no BBB] eu me vejo lá no início da minha carreira, onde eu tenho que fazer coisas que são necessárias para estar ali.

Embora tenha tido essas falas do Davi em momentos de raiva – porque ali Ă© muito fácil sentir raiva, chorar, ficar feliz – dentro do meu grupo, principalmente, eu era o cara da paz. Eu falava para as meninas: ‘NĂŁo discutam desse jeito’; ‘nĂŁo gritem desse jeito’; ‘de onde vocĂŞ tirou essa coisa que vocĂŞ falou para ela?’ ‘NĂŁo fale isso’. Eu sempre fui assim com a Pitel e com a Fernanda. AĂ­ de repente eu me pegava gritando com o Davi. Isso Ă© tudo uma controvĂ©rsia que acontece ali dentro, nĂŁo tem como explicar. SĂł estando ali para entender o que acontece.

Por diversas vezes você afirmou que gostaria de desistir do programa. O que fez com que tivesse permanecido até ontem na casa, sendo eliminado agora pelo público?
Primeiramente, o fato de eu nunca ter ido a um paredĂŁo. Mas, sim, por muitas vezes eu tive vontade de apertar o botĂŁo. Toda vez que eu me pegava numa situação desconfortável, a minha defesa era: ‘Eu nĂŁo preciso estar aqui. O valor desse prĂŞmio eu consigo fazer trabalhando lá fora, pode nĂŁo ser em trĂŞs meses como Ă© no programa, mas em um, dois anos... eu sei que consigo. Eu nĂŁo preciso passar por isso. Eu tenho 46 anos e estou aqui convivendo com pessoas de 21, 22, 23, 24...’ É muito difĂ­cil a gente ter uma troca genuĂ­na de experiĂŞncias em termos de vida, porque eu sempre sou visto como o tiozĂŁo, eu sou o vovĂ´ da casa, Ă© muito complicado... O que me fez esperar foi pensar nas pessoas que estĂŁo comigo aqui fora. Eu entrei no BBB e tinha pessoas trabalhando por mim aqui fora. ‘Se eu desistir, eu comprometo a vida de muita gente: tenho pessoas cuidando dos meus projetos, tenho famĂ­lia torcendo por mim. EntĂŁo, se eu nunca nem fui ao paredĂŁo, eu vou ficar atĂ© aĂ­ pelo menos.’ Quando essa situação se tornou real, ela chegou depois de momentos muito pesados para mim, que foram os dois Ăşltimos Sincerões.

O Davi, especialmente, foi um desafeto seu no jogo. Como enxerga sua a relação com ele? 
No SincerĂŁo desta semana, eu sentei ali e tive o maior cuidado para falar sobre a CunhĂŁ e sobre o Davi. Eu nĂŁo tenho nada contra ele. No BBB a gente nĂŁo tem problema com ninguĂ©m, entĂŁo a gente tem que ter motivo para votar. E o meu motivo para votar nele foi simplesmente ele ter votado em mim. SĂł que ele tinha algumas ações que, hoje pensando mais claramente, eu acredito que tenham sido para desestabilizar. Por muitas vezes ele conseguiu fazer isso comigo e era nessas horas eu que eu tinha esse acesso. Mas longe de mim encostar um dedo no Davi, isso nĂŁo existe. AtĂ© houve um episĂłdio em que eu discuti com ele porque ele gritou com a Yasmin e eu intervim. Eu gritei com ele e ele fez uma cara de assustado, olhando para mim. Ali eu pensei: ‘Caraca, Ă© meu filho!’. Meu filho Ă© mais velho que ele. Eu vi um pai dando uma bronca no filho e o filho acuado porque está tomando bronca. Aquela hora ali foi quando eu comecei a montar o meu curso de pensar essas coisas: ‘É uma loucura, eu estou perdendo o prumo da coisa.’ Foi exatamente nessa hora que a Fernanda e a Pitel entram na minha vida, dando uma amansada nessa parada. Por mais que elas tambĂ©m tivessem coisas contra o Davi, elas levavam aquilo de uma forma tĂŁo leve, tirando sarro de mim, dizendo: ‘VocĂŞ nĂŁo vai bater coisa nenhuma, cala a boca!’. Eu nĂŁo tenho problema nenhum com o Davi, tanto Ă© que ontem no discurso o Tadeu falou sobre isso. Eu nĂŁo sei se o Davi tinha percebido, mas eu fiz questĂŁo de dizer para ele na minha saĂ­da: ‘Aquilo que ele falou foi para vocĂŞ, era o que eu falava de vocĂŞ [sobre ser como um filho]. Fiz isso tambĂ©m para deixa-lo ciente de que eu nĂŁo tinha nenhum problema com ele. Que bom que ele está sendo bem aceito aqui. Ele Ă© um cara que merece. Eu tambĂ©m falei dentro da casa que, se ele chegasse com o Ăşltimo discurso dele [de emparedado], que foi ‘Sou um menino humilde, que quero ser mĂ©dico, que tenho os meus sonhos e quero mudar a vida da minha famĂ­lia’, com certeza a minha trajetĂłria com ele seria muito diferente. Mas ele chegou com o discurso de: ‘Eu sou homem, eu falo na cara. VocĂŞ Ă© fraco’. Ele chegou dessa forma que, para mim, soou como um desrespeito naquela hora. E eu levei para o coração, coisa que eu falava para as meninas nĂŁo fazerem, e eu fiz (risos). Me arrependo amargamente, me envergonho de algumas coisas que eu falei, sim. Mas longe de mim fazer qualquer coisa com ele ou com qualquer pessoa ali dentro.

VocĂŞ ficou muito prĂłximo de Pitel e Fernanda, afirmou que elas eram as suas maiores prioridades no jogo. Que importância elas tiveram para o tempo que vocĂŞ passou no confinamento e o que justifica sua escolha por jogar com elas?  
A Fernanda Ă© a minha versĂŁo feminina, ela Ă© a que xinga, a que fala o que vem na cabeça, quer brigar. Ela nĂŁo faz questĂŁo de cumprimentar ninguĂ©m, ela nĂŁo está nem aĂ­ e eu sou meio assim tambĂ©m. Parecia que eu estava vendo um espelho: eu nĂŁo fazia e tentava fazer ela nĂŁo fazer tambĂ©m. Tanto Ă© que tinha dias em que a gente ia treinar, que ficávamos os dois em silĂŞncio absoluto na academia, porque eu sabia que ela nĂŁo queria falar, eu tambĂ©m nĂŁo queria, entĂŁo a gente nĂŁo falava. Era assim: se ela estava com cara amarrada, eu evitava falar. Eu tambĂ©m sou assim, entĂŁo criei essa identificação com ela logo de cara e tentei ao máximo amansar a fera. No que eu pude, acho que consegui um pouco. Ă€s vezes ela voltava do provĂłdromo, quando ela ganhava, queria entrar na casa gritando e eu falava: ‘Calma, nĂŁo grita, Fernanda’. Ou dizia: ‘Agora nĂŁo Ă© a hora, depois a gente faz’. Já a Pitel tem muitas caracterĂ­sticas dos meus filhos, misturados. Ela Ă© uma pessoa da internet, sabe tudo o que acontece, sabe todas as mĂşsicas, as fofocas. E tudo Ă© o ‘menino fulano’, a ‘menina Bruna’... Eu a via como uma filha.. Mas ao mesmo tempo em que ela tem essa coisa de menina, ela Ă© uma mulher muito inteligente. Ela tocava em pontos que, se a gente falasse, ela dizia: ‘Olha, essa fala nĂŁo Ă© legal, Rodrigo, pera aĂ­’. Ela induzia a gente a ter debates muito inteligentes. Ela e a Fernanda sĂŁo duas pessoas que eu quero para a vida.

Na liderança da Fernanda, vocĂŞs formaram uma nova aliança, com a Raquele, o Michel e a Giovanna. Dias depois, vocĂŞ disse que nĂŁo estava se sentindo confortável para jogar com eles. Como avalia esse grupo que se formou entre vocĂŞs? 
Primeiramente foi uma estratĂ©gia de jogo. A Fernanda já queria fazer isso antes mesmo de eu falar, porque ela gostava muito do Michel. O Michel Ă© uma pessoa incrĂ­vel, gosto muito dele tambĂ©m. A troca maior que nĂłs tĂ­nhamos era com ele. Eu gostava muito da Raquele, para mim ela transmitia uma paz desde o dia em que entrou. O fato de eu nĂŁo confiar na Giovanna era mais por nĂŁo ter muita troca, mas eu via que ela estava ali e tudo bem. Acho que o lance de ela ter quebrado o pĂ© dificultou muito o jogo dela, nĂŁo deu para ela aparecer nas provas nem fazer muitas coisas. Mas eu gostava deles e a Fernanda já queria fazer isso, sĂł que tinha que ser no momento certo, como eu falei. Quando ela virou lĂ­der e já tinha um rancinho com a casa inteira, eu falei: ‘A hora de chama-los Ă© agora’. Porque ninguĂ©m chamava eles para nada, o Puxadinho tinha a vida deles ali e a casa nĂŁo dava muita bola. NĂŁo sei por que, eles sĂł entraram horas depois, nĂŁo teve tanta diferença. Foi quando uniu-se o Ăştil ao agradável: a gente já curtia um pouco eles, entĂŁo vamos trazĂŞ-los para cá. A Fernanda estava em perigo, entĂŁo se a gente jogasse juntos, a gente ia conseguir fortalecer tanto o nosso grupo, quanto o deles. Parece que a nossa energia bateu muito, porque depois que aconteceu isso, o Michel ganhou Anjo atrás de Anjo, a Raquele ganhou lĂ­der... a coisa ficou muito louca. Foi quando a gente se protegeu bastante. SĂł que quando a Raquele rasga a minha carta, eu nĂŁo entendo o que está acontecendo, porque eu jamais faria aquilo com eles, jamais rasgaria a carta de alguĂ©m que está jogando comigo. Ali foi quando eu me senti desconfortável, porque toda vez que eu tocava nesse assunto que me machucou, eles falavam: ‘Mas Ă© porque ela pensou...’. Eu sempre falei para as meninas: ‘Isso nĂŁo Ă© um time. NĂłs somos trĂŞs e eles sĂŁo trĂŞs. A gente se junta para ser conveniente. Quando Ă© conveniente para eles, eles se juntam com a gente’. Mas toda hora parecia que a gente nĂŁo era um grupo. Quando o Michel ganhava um Anjo, quem ele levava eram as duas [Raquele e Giovanna] e a Yasmin. Mas por que ele nĂŁo estava levando nenhum de nĂłs? Depois ele ganhou de novo e levou as duas e a CunhĂŁ. Pera aĂ­! Foi quando eu percebi que eles nĂŁo estavam pensando em grupo, sĂł neles ali. O dia em que for legal para eles entrarem com a gente, nĂłs vamos entrar em cena. SĂł que eles estavam ganhando em tudo, se imunizando... Do grupo, a Raquele Ă© a mais querida, entĂŁo muita gente nĂŁo vota nela. Mas aĂ­ o Michel ganha o Anjo e dá a imunidade para a Giovanna, que ninguĂ©m pode votar. AĂ­ tambĂ©m coisa da CunhĂŁ junto com eles. SĂł que a Isabelle tinha tambĂ©m a relação com o Davi. O pessoal ficou com medo de o Davi estar forte aqui fora. A Ăşnica pessoa que nĂŁo tinha medo do Davi dentro da casa era eu. Eu nĂŁo podia afirmar isso lá dentro, porque eu nĂŁo sabia.

Chegou a virar meme com o público sua postura nas festas do programa, ao se manter mais afastado nos shows, e chamou a atenção o do Jota Quest, quando você se divertiu bastante durante a apresentação. De quais delas você mais gostou?
Eu gostava de todas as festas que tinham shows, porĂ©m eu nĂŁo me divertia em todos os shows, porque eu sou um cara que nĂŁo gosto de festas. Eu nĂŁo saio, eu nĂŁo gosto. Muitos shows que eu assisti ali na casa eu nunca tinha assistido, e eram shows de amigos meus. [Aqui fora] Se eu assistia, era do lado do lado do palco ou atrás, vendo eles tocarem, nunca vi de frente. Ali na casa eu tinha insĂ´nia, sempre dormia muito tarde e acordava muito cedo. Ficava capengando o dia inteiro e, quando começava a festa, eu já estava morto. EntĂŁo, eu curtia trĂŞs mĂşsicas e sentava. Esperava a casa abrir e entrava para o quarto para deitar. E nem sempre que deitava, dormia; Ă s vezes ficava acordado atĂ© 7h da manhĂŁ, de novo. EntĂŁo, Ă© mais coisa da minha idade mesmo. Eu tenho 46 anos, mas Ă© como se tivesse 80. Eu nunca vou alcançar a alegria daquele pessoal, porque tudo aquilo que eles estavam vendo para mim Ă© algo muito comum. Eles ficavam eufĂłricos e nĂŁo tem como eu ser assim. Eu nĂŁo tenho idade nem energia para isso. PorĂ©m, gostei de todos os shows que eu assisti, todos mesmo. Em alguns eu ficava do lado da banda, por exemplo o da Ludmilla. Eu conheço todos os mĂşsicos da banda dela, entĂŁo eu ficava curtindo o som, já que eu nĂŁo conhecia muito as mĂşsicas. No da Gloria Groove eu fiquei do lado de onde a banda estava, vendo eles tocando, porque eu gosto do som. Era isso. Eu nĂŁo vou ficar na frente do palco dançando e fazendo coreografia – eu nem sei fazer isso. Tinha alguns shows que, por eu ter dormido durante o dia, eu estava inteiro. AĂ­ eu curtia.

Como foi ouvir suas mĂşsicas tocarem no programa estando lá enquanto participante? Foi diferente de outras ocasiões e, se sim, em que aspecto? 
Eram momentos que me levavam para o meu eu, porque eu estava vivendo um Rodrigo que nĂŁo cantava para eles. Eu cantei muito pouco na casa. Eu entrei com o entendimento de que eu já sou um Camarote, entĂŁo se eu ficasse cantando o tempo todo lá, eu seria meio desleal com a parada. Deixa o Davi cantar! Eu nĂŁo vou ficar cantando – era essa a ideia. EntĂŁo, quando tocava a mĂşsica, eles me forçavam a cantar porque estava tocando. Eu tinha que fazer um showzinho para eles e era legal, porque ali eu me via como artista. Eles atĂ© falavam: ‘VocĂŞ cantando Ă© outra pessoa’. E Ă© isso: quando eu estou cantando, eu sou o Rodriguinho; fora disso eu sou o Rodrigo. Mas era legal, me levava um pouco para o meu eu.

Que aprendizados você leva da participação no Big Brother Brasil?
Dar valor a cada momento que eu tenho aqui fora com os meus filhos, com as pessoas que eu amo. Eu pensei que seria muito fácil. Lembro da minha mulher se despedindo de mim, chorando muito, e eu falei: ‘Eu nĂŁo vou para a guerra, nĂŁo. SĂŁo sĂł trĂŞs meses’. No terceiro dia no BBB, eu queria sumir (risos). Se abrisse aquele portĂŁo, eu sairia correndo, deixaria tudo lá dentro. EntĂŁo, eu vou curtir muito tudo isso aqui fora. Outro aprendizado Ă© que sabedoria, Ă s vezes, Ă© vocĂŞ deixar o que vocĂŞ pensa dentro da sua cabeça. Nem sempre falar tudo o que vocĂŞ acha Ă© o certo, nĂŁo sĂł porque vocĂŞ vai ofender alguĂ©m, mas tambĂ©m porque vocĂŞ pode ser mal interpretado. Nem todo mundo entende a forma como a gente fala e o que a gente quer dizer. Lá dentro nĂŁo tem esse tempo de saber que a gente errou e resolver. Alguns erros eu sĂł estou vendo aqui fora. O que eu vi que eu errei ali e me pontuaram eu tentei consertar na hora.

Se arrepende de algo que fez ou deixou de fazer no confinamento?
Me arrependo desses meus acessos de raiva, de falar que iria bater em um ou em outro. Me arrependo de nĂŁo ter jogado da forma que eles estavam esperando. Eu nĂŁo sei jogar, eu nĂŁo sei chegar no SincerĂŁo e ofender alguĂ©m, falar que Ă© isso ou aquilo. Em determinado ponto do jogo, eu percebi que era isso que eu tinha que fazer e eu nĂŁo fiz. Agora, aqui fora, eu vejo mais ainda que era isso que eu tinha que fazer. As pessoas que fizeram isso o tempo todo sĂŁo as mais queridas aqui fora – eu nĂŁo entendi essa parada. Eu fui numa de paz, de nĂŁo brigar com ninguĂ©m. Ao mesmo tempo eu me contradizia quando falava que ia brigar com o Davi. Essa loucura toda agora eu estou tendo que resolver.

Quais vocĂŞ acha que sĂŁo os prĂłximos movimentos das pessoas que eram mais prĂłximas de vocĂŞ: Pitel e Fernanda, do seu grupo, e o “Gnomos”?
Primeiramente Ă© se defender. A Pitel ‘prefeiteou’ pela casa, agora todo mundo a ama. Vai ser difĂ­cil ela tomar um voto, mas talvez tome por estar com a Fernanda. Eu brincava, falando: ‘Olha, nĂłs somos um time de vilões aqui’. Mas agora eu vi que aquele nosso time era o mais engraçado, o que mais rendia coisas. E sabe o que era mais louco? A gente combinava o voto, mas chegava na hora e todo mundo fazia o que queria – e Ă s vezes dava certo (risos). E nĂŁo perdĂ­amos a amizade por isso. Eu acho que agora o prĂłximo passo Ă© elas se defenderem. O Bin já reconheceu que errou com a gente, já voltou com elas numa boa, falando que tem uma dĂ­vida com a Fernanda, aquela coisa toda.  EntĂŁo, eu acho que quem vai ocupar meu lugar nesse grupo Ă© o Bin. E o Puxadinho vai continuar ali daquele jeito. O Bin já falou com o Michel sobre a treta, entĂŁo acho que tudo vai se resolver. Vai continuar o Gnomo contra a casa.

Quem fica com sua torcida pelo primeiro lugar do programa e por quĂŞ? 
Para a Pitel. Ela Ă© muito merecedora, Ă© uma pessoa muito sincera, que a gente nĂŁo vĂŞ chorar pitanga, nĂŁo vĂŞ se vitimizar. Ela dizia que deixou as coisas aqui fora e que estava vivendo lá dentro – eu achava isso muito maduro da parte dela. EntĂŁo, para mim, ela Ă© o primeiro lugar. O segundo Ă© para a Fernanda e o terceiro, para o Bin.

Quais sĂŁo seus planos profissionais para o pĂłs-BBB? AlĂ©m das mĂşsicas lançadas durante o programa, há outras previstas? 
Se nĂŁo me engano, nĂłs lançamos cinco mĂşsicas que já estĂŁo rolando. Hoje eu tive um feedback do Thiaguinho de uma mĂşsica que eu compus com ele. Ele disse: ‘Rodrigo, o pessoal nas redes está cantando essa mĂşsica...” Ele está lá na Europa e me mandou uma mensagem 5h da manhĂŁ. EntĂŁo, vou dar uma olhada no que ele falou, vou reaver minha agenda de shows e ver o que vai acontecer. ‘Vambora’!

O ‘BBB 24’ tem apresentação de Tadeu Schmidt, produção de Mariana MĂłnaco, direção artĂ­stica de Rodrigo Dourado e direção de gĂŞnero de Boninho. O programa vai ao ar de segunda a sábado apĂłs ‘Renascer’, e domingos, apĂłs o ‘Fantástico’.

AlĂ©m da exibição diária na TV Globo, o ‘BBB 24’ pode ser visto 24 horas por dia no Globoplay, que conta com 12 sinais com transmissĂŁo simultânea, incluindo o mosaico de câmeras, as Ă­ntegras e os vĂ­deos dos melhores momentos, edições do ‘Click BBB’ e o ‘Mesacast BBB’, que tambĂ©m terá distribuição de trechos no streaming, no gshow, nas redes sociais e plataformas de vĂ­deos, incluindo a versĂŁo em áudio no gshow e nas plataformas de podcast. Todos os dias, logo apĂłs a transmissĂŁo na TV Globo, o Multishow exibe uma hora de conteĂşdo ao vivo, direto da casa. O canal ainda conta com flashes diários, ao longo da programação, e com o ‘BBB – A Eliminação’, exibido Ă  0h30 de quarta para quinta-feira. No gshow, o pĂşblico pode votar e decidir quem permanece ou deixa o jogo e acompanhar a página ‘BBB Hoje’, as páginas dos participantes e conteĂşdos exclusivos, como o ‘Bate-Papo BBB’, enquetes e resumos do que de melhor acontece na casa.

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