Djamila Ribeiro relembra momentos marcantes de sua vida, no "Arena dos Saberes", na TV Cultura
Reprodução Instagram @djamilaribeiro |
Nesta quinta-feira (29/8), Gabriel Chalita recebe no Arena dos Saberes a filĂłsofa e escritora Djamila Ribeiro. Ela conta sobre sua trajetĂłria; relembra a perda dos pais; fala sobre racismo, preconceitos e o que podemos fazer para vencĂŞ-los; e muito mais. Vai ao ar na TV Cultura, Ă s 20h.
Chalita começa a edição lendo um trecho do livro de Djamila, Cartas Para Minha AvĂł, em que a escritora fala sobre a saudade de sua vĂł AntĂ´nia. “Eu podia ser criança quando eu estava na casa dela, fazia toda a diferença, porque na escola, eu sou da dĂ©cada de 80, a gente vivenciava muitas violĂŞncias, tinha que lutar para estar nos espaços; e quando eu ia para a casa da minha vĂł, eu podia ser sĂł a neta da dona AntĂ´nia, ser mimada (...) eu tenho muitas saudades, foi uma mulher que marcou a minha vida”, diz.
Em outro momento do programa, o apresentador comenta como a criação e as várias histĂłrias e relações da vida de Djamila a ajudaram a formar a escritora. “NĂłs somos várias coisas, a sociedade tenta formatar a gente; vocĂŞ, por exemplo, vocĂŞ faz várias coisas e muito bem, vocĂŞ Ă© escritor, dirige, apresenta, foi Secretário da Educação (...) vocĂŞ inspira as pessoas a sair das caixinhas e acho que sair das caixinhas Ă© muito importante (...) eu venho de um lugar que me ensinou o 'e', a gente pode ser uma coisa e outra e outra, nĂŁo matar uma parte de nĂłs para atender as expectativas do outro”, explica.
A escritora relembra a relação com os pais e como foi perdĂŞ-los. “Eu entrei no automático e vivi o luto de maneira equivocada, e um dia ouvindo Ă€ La Claire Fontaine comecei a chorar (...) essa mĂşsica me libertou, foi ali que entendi que eu precisava chorar e chorei muito (...)”, conta.
Djamila fala ainda como foi sofrer com o racismo desde criança e como isso afetou sua autoestima; que, quando mais nova, ser mulher negra e estudar parecia contraditĂłrio; e sobre a ‘virada’ em sua vida ao ler e conhecer várias intelectuais negras.
Por fim, no quadro Terceiro Sinal, Gabriel Chalita entrevista a atriz VerĂłnica Valenttino, que interpreta Bernadette Bassenger no musical Priscilla, A Rainha do Deserto, em cartaz em SĂŁo Paulo.
Nenhum comentário