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Canal Curta! apresenta documentário sobre a imortal Heloísa Teixeira no Festival do Rio

Heloísa Teixeira em cena do documentário ‘O Nascimento de H. Teixeira’ (Crédito: Divulgação/Canal Curta!)

Se nós somos nossos nomes, carregamos com ele suas histórias, mas não necessariamente seu futuro. Os passos dados antes e depois da mudança de nome dão o tom de “O Nascimento de H. Teixeira”, documentário sobre a vida de Heloísa Teixeira, antes Heloísa Buarque de Hollanda. Viabilizado pelo Canal Curta! através do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), com produção da Raccord, o documentário estreia na Mostra Retratos do Festival do Rio no próximo sábado, 5, às 18h15m, no Estação NET Gávea, e tem sessões dias 6 de outubro, às 14h30, no Estação NET Rio; e 7 de outubro, às 16h, no Cine Santa Teresa. A previsão de estreia no canal é março de 2025.

Do antigo sobrenome, que julga espantoso, até sua emancipação e reafirmação com o nome da família da mãe, Heloísa revive, em depoimentos exclusivos e com imagens de arquivo familiar, sua trajetória de questionamentos, luta e indignações. Dirigido por Roberta Canuto e produzido por Clélia Bessa, amiga de longa data da protagonista, o filme explora como a vida e a obra de Heloísa se entrelaçam com a história da cultura, da política e da sociedade brasileira, apresentando um retrato multifacetado de uma personagem que não só viveu, como foi protagonista nas disputas e contradições do país.

“Nasci Teixeira, me tornei Buarque. Isso é do meu marido, não é meu, vou mudar meu nome para o nome da minha mãe. Então começo da minha mãe, é toda uma linhagem, uma herança feminina, queria juntar todas as mulheres nesse momento da minha vida. Eu passo a ser eu mesma”, conta Heloísa, que tem sua carreira diretamente ligada aos movimentos feministas.

De Buarque de Hollanda até Teixeira foi um longo e turbulento caminho. Helô, como é carinhosamente conhecida, revive o período de militante durante Ditadura Militar, enquanto a escritora que desafia a censura e populariza e torna notória a poesia marginal, sua atuação como acadêmica e a participação no movimento feminista, que expande seus ideais.

“A gente não sabe nada do que se passa no universo que não é o da classe média branca. Não sabe mesmo. Por isso essa coisa do lugar de fala tem sua razão de ser. A gente não pode falar pelo outro, principalmente quando é de cor diferente, de classe diferente”, declara Heloísa.

Se sua carreira não pode ser desassociada de suas convicções e atuações políticas, tampouco pode ser sua vida. Para além de questões de comportamento, como a pílula anticoncepcional e aborto, seus medos, como a velhice, e suas paixões, representadas em tatuagens feitas a partir de desenhos dos netos, o documentário escancara o lado humano da “imortal” Heloísa, que assumiu a 30ª cadeira da Academia Brasileira de Letras (ABL) em 2023.

“Eu sinto que olho para trás como futuro, sinto que está acontecendo isso comigo. A minha mãe é o meu princípio, então tem isso de capitalizar o que você já tem. E o que mais quero é usar o capital que produzi a vida toda, a hora é essa. Sair mudando o que eu quero, fazendo o que eu quero. E o jeito de começar a usar isso é sendo Helô Teixeira”, afirma.


Produção

A direção do documentário é de Roberta Canuto, que também é roteirista, diretora de cinema e TV, curadora de festivais, além de mestra em Literatura e doutora em Cinema. Já publicou quatro livros e atua como crítica de cinema para veículos como JB, O Estado de Minas e O Tempo. Foi indicada ao prêmio de melhor roteirista de série de ficção pela ABRA.

A produção é de Clélia Bessa, também professora de cinema e sócia da Raccord Produções. Fundada em 1993, a Raccord Produções tem em seu currículo mais de 23 títulos, entre longas, curta metragens e séries, como “Pluft, o Fantasminha”, de Rosane Svartman, primeiro longa-metragem infantil brasileiro em 3D. Também são da Raccord obras como “Desenrola” (Rosane Svartman), “Cartola: Música para os Olhos” (Lírio Ferreira e Hilton Lacerda); “Correndo Atrás” de Jeferson De (2020), “Missão Cupido” (2021) de Rodrigo Bittencourt, “Madalena”(2021) de Mardiano Marcheti, “Álbum em Família”, de Daniel Belmonte e "Cedo Demais", dirigido por José Lavigne.


SERVIÇO

O Nascimento de H. Teixeira

Sinopse: Registro documental-poético do nascimento da persona Heloísa Teixeira, conduzido por sua lente de mulher de 85 anos que segue antenada, promovendo e revelando um Brasil diverso.

Festival do Rio - Exibição: 5 de outubro, às 18h15 – Estação NET Gávea (com convidados); 6 de outubro, às 14h30 - Estação NET Rio; e 7 de outubro, às 16h, Cine Santa Teresa.

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