Embaixador do Brasil no G20 ao CNN Entrevistas: consenso contra a fome e pobreza
O CNN Entrevistas, que será transmitido neste sábado, Ă s 21h, traz o embaixador e secretário de assuntos econĂ´micos e financeiros do Itamaraty, Mauricio Lyrio. Representante do Brasil no G20, ele fala sobre es expectativas de resultados na cĂşpula dos paĂses que acontece no Rio de Janeiro nos prĂłximos dias 19 e 20 de novembro. Diante de um cenário global complexo como o atual, Lyrio conta que o pedido do presidente Lula foi para que ele focasse em temas com consenso, e um deles Ă© a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.
“O que nĂłs fizemos foi -- isso Ă© uma orientação muito clara do presidente Lula, do governo brasileiro -- estabelecer prioridades que fossem factĂveis justamente para se alcançar consenso. E uma delas, a mais, eu diria, alta prioridade do G20 brasileiro foi lançar uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. E nĂłs esperamos, na cĂşpula agora no Rio de Janeiro, lançar a aliança com base, inclusive, em documentos que já foram consensualmente aprovados no G20”. As afirmações foram feitas durante conversa nos estĂşdios da CNN em BrasĂlia com os jornalistas Victor Irajá e Jussara Soares.
O embaixador lembra que em julho passado, no Rio de Janeiro, houve uma reuniĂŁo em nĂvel de ministros com todos os paĂses do G20, quando ocorreu a aprovação unânime dos documentos que embasam a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.
Acordo com UE
Mauricio Lyrio, durante a entrevista, tambĂ©m aborda a questĂŁo do acordo de livre comĂ©rcio entre o Mercosul e a UniĂŁo Europeia (UE), ainda pendente. De acordo com ele, desde o ano passado, há um processo de renegociação que tem avançado muito: “Eu diria que está num estágio, aliás, bastante avançado, de renegociação. Eu nĂŁo posso tambĂ©m entrar em todos os detalhes da negociação, porque essa negociação tem elementos tambĂ©m reservados, mas eu diria que a orientação do Brasil, e no caso do Mercosul, Ă© de restabelecer capacidade, tanto do Estado brasileiro, mas tambĂ©m de preservar sensibilidade em setores, por exemplo, como o industrial.”
O embaixador cita que, como contrapartida, a UniĂŁo Europeia estava preservando os seus interesses na área agrĂcola, estabelecendo, por exemplo, cotas para exportação dos produtos do Mercosul. “Ou seja, nĂŁo Ă© uma abertura total do mercado”, diz ele. O diplomata continua: “A prĂłpria UniĂŁo Europeia tambĂ©m tomou seus cuidados em relação Ă s suas importações e estabeleceu o que a gente chama de restrições quantitativas, cotas, para determinados produtos. EntĂŁo, se o acordo for concluĂdo, isso será implementado dessa maneira, ou seja, com essas, eu diria, limitações tambĂ©m de lado a lado.”
Lyrio assinala que o governo brasileiro vĂŞ a necessidade de avançar nesse acordo e, se for possĂvel, concluir o quanto antes.
Serviço
CNN ENTREVISTAS
Mauricio Lyrio
Sábado, dia 09, às 21h
CNN Brasil
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