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Segunda temporada completa de ‘Instantes Cruzados’ está disponível no CurtaOn

Fotojornalista Rogério Reis reinterpretou imagem histórica dos anos JK feita por Flávio Damm (Crédito: Divulgação/Curta!)


Para estudar o Brasil a partir da fotografia, já estão disponíveis no CurtaOn, clube de documentários do Curta!, os oito episódios da segunda temporada de “Instantes Cruzados”. A série é uma produção da Ocean Films, viabilizada pelo Curta! através do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). O CurtaOn pode ser acessado no Prime Video Channels, da Amazon, na Claro tv+ e no site oficial (CurtaOn.com.br).

Com direção de Sérgio Bloch, a cada episódio o fotógrafo e antropólogo Milton Guran recebe e desafia um parceiro de profissão a reinterpretar uma imagem histórica do Brasil. Durante o processo criativo para elaborar um novo registro que dialogue com o do passado, os fotógrafos debatem sobre suas raízes, suas ideias e o país.

Nesta segunda temporada, “Instantes Cruzados” apresenta as histórias “A resistência das periferias – Flávio de Barros e Maurício Hora”; “Os 18 do Forte – Zenóbio Rodrigues do Couto e Léo Lima”; “Imagem Concreta – José Oiticica Filho e Paula Trope”; “Zumbi Presente! – Januário Garcia e Mariana Maiara”; “Corpos Desindividualizados – Fotógrafo desconhecido e Betina Polaroid”; “A Construção De Um Imaginário Político – Flávio Damm e Rogério Reis”; “A Revolta da Armada – Juan Gutierrez e Pedro Vasquez”; e “Marcados – Claudia Andujar e Kamikia Kisêdjê”.

Os oito episódios da primeira temporada também podem ser vistos no CurtaOn.

O CurtaOn – Clube de Documentários é o streaming do Curta!, disponível no Prime Video Channels – da Amazon -, na Claro tv+ e no site oficial da plataforma (CurtaOn.com.br). Novos assinantes no site oficial e no Prime Video Channels têm direito a sete dias de degustação gratuita. O catálogo é formado por centenas de filmes e episódios de séries documentais organizadas por temas de interesse sobre cultura e humanidades.

Sinopses dos episódios:

“A resistência das periferias – Flávio de Barros e Maurício Hora” - A história do termo “favela” está ligada à resistência de Canudos. O Morro da Providência, primeira favela do Brasil, foi fundado por soldados responsáveis pelo massacre de 1897. Flávio de Barros, fotógrafo do exército, registrou as ações militares. Neste episódio, Maurício Hora usa a fotografia para expressar resistência e dignidade, conectando passado e presente.

“Os 18 do Forte – Zenóbio Rodrigues do Couto e Léo Lima” - A história de um povo não é feita apenas por retratos oficiais, mas também por aqueles que se insurgem. A Revolta dos 18 do Forte de Copacabana, em 1922, é lembrada até hoje. Neste episódio, veremos a importância do fotojornalismo através da reinterpretação da famosa foto dos 18 do Forte, de Zenóbio Rodrigues do Couto, à luz do momento político atual, pelo fotógrafo Léo Lima.

“Imagem Concreta – José Oiticica Filho e Paula Trope” - A fotografia pode criar algo que até então nunca existiu. José Oiticica Filho tinha o talento de simular o concreto de algo que só existia no registro fotográfico. Influenciada por Oiticica Filho, a artista Paula Trope também questiona como a fotografia, o cinema e o vídeo podem transcender a realidade concreta. Neste episódio, propomos uma reflexão sobre como a arte pode recriar o mundo.

“Zumbi Presente! – Januário Garcia e Mariana Maiara” - Januário Garcia dedicou seu trabalho à documentação do movimento negro no Brasil, fotografando figuras como Lélia González e Abdias do Nascimento. Foi responsável pela emblemática fotografia da marcha Zumbi Está Vivo, de 1983, no Rio de Janeiro. Neste episódio, Mariana Maiara, fotógrafa e cientista social, dialoga sobre o legado e os reflexos atuais do fotógrafo.

“Corpos Desindividualizados – Fotógrafo desconhecido e Betina Polaroid” - Décadas atrás, fotos de Luz del Fuego nua com cobras causaram polêmica. A dançarina pregava a liberdade da mulher, desafiando normas sociais. Ainda hoje, corpos dissidentes lutam por autonomia. Este episódio, com Betina Polaroid, explora como corpos que rejeitam normas patriarcais — mulheres, pessoas trans e queers — usam a fotografia para enfrentar o controle social e político de seus corpos.

“A Construção De Um Imaginário Político – Flávio Damm e Rogério Reis” - Flávio Damm, com suas concepções editoriais inventivas, colaborou com o imaginário político através de uma fotografia de Juscelino Kubitschek. Neste episódio, Rogério Reis, fotojornalista que documentou ícones como Carlos Drummond de Andrade, dialoga com esta imagem, símbolo de poder e perspectiva do Brasil.

“A Revolta da Armada – Juan Gutierrez e Pedro Vasquez” - Juan Gutierrez foi defensor da República no Brasil e registrou a instabilidade política no fim do período imperial. Em seu engajamento militar, lutou pela República e fez uma fotografia emblemática da Revolta da Armada, em 1894. Neste episódio, Pedro Vasquez, autor de livros sobre a história da fotografia no Brasil, dialoga sobre a reminiscência desse passado e o ideal de país.

“Marcados – Claudia Andujar e Kamikia Kisêdjê” - Claudia Andujar dedicou sua obra ao povo Yanomami. Na série Marcados, retratou indígenas durante um atendimento médico, onde eram identificados por números em vez de nomes. Neste episódio, o fotógrafo Kamikia Kisêdjê traça paralelos entre os Yanomami, os Kisêdjê e a população do Rio de Janeiro.

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