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Descubra como funcionam os transplantes de Órgãos no Brasil


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Com histórias reais de esperança, superação e emoção, a série documental OPERAÇÃO TRANSPLANTE acompanha de perto a jornada de pacientes que aguardam por um transplante de órgãos, além do trabalho incansável das equipes médicas e da Central de Transplantes de São Paulo. A produção mergulha na complexidade do sistema brasileiro e ajuda o público a entender melhor todo o processo envolvido na doação e transplante de órgãos. A plataforma de streaming Max e o canal Discovery Home & Health apresentam um episódio da série por semana, sempre às quintas-feiras, às 19h.   

A seguir, destacamos informações essenciais e curiosidades sobre o tema, de acordo com dados da Central de Transplantes da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.


Fila de transplantes no Brasil 

A lista de espera por um transplante é única e inclui tanto pacientes do SUS quanto da rede privada. Ela é operada pelo Sistema Nacional de Transplantes. O encaminhamento de pacientes para centros de referência é de responsabilidade do estado de origem, e pode ser realizado por meio de ambulatórios médicos, instituições hospitalares ou diretamente pelas Centrais Estaduais de Transplantes. 

A ordem de prioridade para o transplante segue critérios técnicos como: 

  • Compatibilidade (tipagem sanguínea, peso, altura e genética) 
  • Estado clínico (pacientes em estado crítico têm prioridade) 
  • Ordem de inscrição (quando os critérios técnicos são semelhantes)

Compatibilidade entre doador e receptor 

A classificação dos receptores potenciais segue normas específicas, de acordo com o órgão a ser transplantado: 

Coração, pulmão e pâncreas: Compatibilidade sanguínea (ABO), critérios de priorização, características do doador (antropometria, entre outros) e tempo de espera desde a inscrição no Cadastro Técnico Único (CTU). 

Fígado: Compatibilidade ABO, priorização clínica, situação especial (gravidade), características do doador, regionalização, pontuação MELD/PELD e tempo de espera. 

Rim: Compatibilidade ABO e HLA (genética), critérios de priorização, idade do doador e regionalização.


Quais órgãos podem ser doados? 

Um único doador falecido pode salvar mais de oito pessoas, doando órgãos e tecidos como coração, pulmão, fígado, rins, pâncreas, córneas, intestino, pele, ossos e válvulas cardíacas.


Doadores vivos podem salvar vidas 

Pessoas saudáveis podem doar em vida, desde que atendam aos critérios médicos e legais. Entre os órgãos e tecidos que podem ser doados estão: 

  • Um dos rins 
  • Parte do fígado 
  • Parte da medula óssea 
  • Parte dos pulmões (em situações excepcionais) 

Doações para familiares são permitidas. Para doações entre pessoas sem parentesco, é necessário obter autorização judicial. O processo envolve avaliações médicas rigorosas para garantir a segurança de quem doa.


Desafios dos transplantes de órgãos no Brasil 

Apesar dos avanços, a doação de órgãos no Brasil ainda enfrenta obstáculos importantes: 

  • Questões logísticas, como o transporte de órgãos por via aérea ou terrestre, considerando o tempo de isquemia e a distância entre doador e receptor; 
  • Investimento em infraestrutura para o transplante; 
  • Capacitação de equipes médicas e assistenciais; 
  • Remuneração adequada para os profissionais e instituições envolvidas no processo; 
  • Conscientização da sociedade, ainda um dos maiores desafios.

Avanços tecnológicos para o Transplante de Órgãos  

Atualmente existem inúmeras pesquisas que buscam melhorar a atividade de captação e transplante de órgãos, com as seguintes inovações: 

Máquina de perfusão para transplante, que mantém os órgãos em condições ideais para transplante e é utilizada para preservar, avaliar, e recuperar órgãos de doadores. Essa ferramenta, utilizada em diversos países, ainda é pouco acessível no Brasil. 

Outro avanço é o xenotransplante, uma técnica que envolve o transplante de órgãos, tecidos ou células de animais para humanos.


Como se tornar um doador de órgãos? 

No Brasil, a doação de órgãos só acontece com autorização da família, então é fundamental manifestar esse desejo aos familiares.  

Com o objetivo de aumentar o número de doadores, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Colégio Notarial do Brasil (CNB/CF), com apoio do Mistério da Saúde, criaram o projeto independente AEDO (Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos), no qual as pessoas podem manifestar a vontade de se tornarem doadoras. É importante ressaltar que este não é um cadastro formal junto ao Sistema Nacional de Transplantes.  

Para a doação de medula óssea, o processo é simples: basta comparecer a um Hemocentro, preencher um formulário e realizar um exame de tipagem HLA – que identifica os subtipos de antígenos leucocitários humanos. O cadastro é gratuito e feito pelo REDOME (Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea). 

“Ao longo da minha trajetória com doação e transplantes, muitos casos continuam nos surpreendendo diariamente. Nada nos dá mais satisfação do que beneficiar um paciente que esperou tanto tempo por um órgão, sabendo que o transplante é, muitas vezes, a melhor opção terapêutica para doenças crônicas em estágio terminal. Ele oferece melhor custo-benefício, maior sobrevida e mais qualidade de vida”, afirma o Dr. Francisco Monteiro, coordenador do Sistema Estadual de Transplantes de São Paulo.


OPERAÇÃO TRANSPLANTE é uma coprodução de Mixer Films e Warner Bros. Discovery. Assinam a supervisão Sergio Nakasone, Adriana Cechetti e Mariana Loibiso. Pela Mixer Films, João Daniel Tikhomiroff e Adriana Marques assinam como produtores executivos, Rodrigo Astiz como diretor geral e Marina Poema como diretora. A produção conta ainda com o suporte da Central de Transplantes da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, dos hospitais públicos e privados e dos renomados médicos e suas equipes.

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