Futura é finalista do The New York Festival com ‘Transoʼ, que retrata a vida sexual de pessoas com deficiência
O filme ‘Transo’, que celebra a vida sexual da pessoa com deficiência, é finalista do The New York Festival, na categoria Documentário. Esta premiação é um dos mais importantes reconhecimentos de TV do mundo.
O filme parte de uma afirmação: pessoas com deficiência sentem prazer, falam sobre sexo e querem transar. Com cerca de 45 milhões de pessoas com deficiência no Brasil, o documentário quebra tabus e retrata a vida sexual de 12 participantes. Ao longo de cerca de 75 minutos, o filme reúne depoimentos de brasileiros de diferentes lugares do país, destacando a pluralidade da sexualidade das pessoas com deficiência. A direção é de Lucca Messer em colaboração com a produtora e consultora Mona Rikumbi, já o roteiro é de Lucca Messer e Mariana Goulart.
“Estamos extremamente felizes com este reconhecimento. Espero que essa conquista impulsione ainda mais o TRANSO mundo afora. Este projeto teve início em 2018, após uma conversa com a consultora, coprodutora e participante do documentário, Mona Rikumbi. Desde então, foram anos de pesquisa aprofundada. Espero que o filme, assim como todo o trabalho transmídia que estamos desenvolvendo, possa reafirmar a vida sexual das pessoas com deficiência. Acredito que o primeiro passo para desconstruir qualquer tabu em nossa sociedade é a representatividade. Se começarmos a ver pessoas com deficiência em relacionamentos nas novelas, em campanhas do Dia dos Namorados, e assumindo papéis de protagonismo no cinema, o tabu começará a se desfazer”, destaca Lucca Messer, diretor e roteirista do documentário.
Sem pudor, censura ou vergonha, os depoimentos dos participantes falam de intimidades, masturbação, brinquedos eróticos, preferências e confirmam o que muitos acreditam não existir: pessoas com deficiência sentem prazer e podem ter uma vida sexual ativa. Os participantes afirmam que nunca abriram mão de viver tudo aquilo que o sexo permite. "Transo é impactante. Foi uma produção instigante, reveladora, de quebra de paradigma e de muito aprendizado. É impossível sair dessa experiência sem ser tocado pela potência desse documentário”, revela André Libonati, líder de produção de conteúdo do Futura e produtor do filme.
Entre as pessoas acompanhadas pela obra, está a atriz e ativista Mona Rikumbi, que também é consultora e coprodutora da obra. Ela fez história sendo a primeira mulher negra que usa uma cadeira de rodas a dançar no Theatro Municipal de São Paulo e participou da construção do movimento negro no país. Siana Leão Guajajara, ativista indígena e defensora dos direitos das pessoas com deficiência, também participa reforçando a intenção do documentário em derrubar mais uma camada de invisibilidade e exclusão da sociedade quando se fala em indígenas com deficiência. O influenciador cego Fernando Campos é um dos entrevistados e, ao combater o capacitismo, trata a vida sexual com naturalidade, como deve ser.
“É muito gratificante ver o Transo ter mais esse reconhecimento. Foi um trabalho feito com muita dedicação e por pessoas que acreditam que as diferenças precisam ser aceitas e respeitadas. Que cada vez mais a mensagem desse documentário seja espalhada por esse mundo”, comemora André Libonati, líder de Projetos da Fundação Roberto Marinho e produtor do ‘Transo’.
Nenhum comentário