Pedro Bial recebe Bono, do U2, no episódio 1500 do ‘Conversa com Bial’
Foto: Globo/Divulgação |
No ‘Conversa com Bial’ de hoje, terça-feira (27), que marca o episódio de número 1500, Pedro Bial conversa com um dos maiores ícones da música mundial: Bono, vocalista do U2. Direto de Cannes, na França, onde esteve para lançar a adaptação cinematográfica de “Stories of Surrender” – projeto que trata de mostrar ao mundo o seu verdadeiro “eu”, inicialmente concebido como uma peça teatral —, o artista fala sobre o processo de se revelar de forma mais autêntica através da obra. Na entrevista, Bono reflete sobre os diferentes aspectos de sua personalidade, comparando-os a reflexos numa sala de espelhos, apontando qual desses espelhos seria o mais realista: “Eu me saio muito bem fazendo papel de glamuroso quando preciso. E no showbiz eu posso ser um showman. Mas um dos rostos que encontramos no corredor de espelhos é o da autodepreciação. Estou sendo sincero com relação a isso [...]. Com certeza, percebi que não sou um homem que alcançou o sucesso sozinho. Empresários podem alcançar o sucesso sozinhos. Mas, se eu tenho dons, nasci com eles — e o que me permitiu expressá-los foi o Edge, o Adam, o Larry, a Ali [sua esposa]. A história que assinei com o título ‘Surrender’ foi escrita também por eles. E acho que há uma injustiça da qual me dei conta: percebo que uma parte minha que se sente uma fraude; que não há motivos para arrogância”, conta. Bono também compartilha um momento emocionante sobre sua relação com o pai, já falecido. Ele revela como o perdão transformou a sua voz de barítono para tenor: “Aconteceu quando alcancei uma liberdade. Não foi quando pedi perdão ao meu pai. Sabe, eu fui um garoto difícil de lidar [...]. Só queria ter pedido perdão enquanto ele estava vivo, mas só aconteceu anos depois. A Ali dizia: ‘Você ainda está com raiva, mas tem algo aí que você precisa fazer as pazes com seu pai’. E eu respondia: ‘É um pouco tarde’. Enfim, fui para uma capela local aqui na França, onde estou agora. Era uma capelinha vazia, e eu pedi perdão a ele. Disse: ‘Me desculpe, sei que você estava passando por muitas coisas, e todas as coisas que você não me deu fizeram com que eu as quisesse ainda mais. Eu canto para isso. Eu canto para impressionar você até hoje’. Saí daquela igreja um pouco diferente. Deixei algo para trás, e isso libertou minha voz. Estou cantando como um passarinho. Até nas gravações recentes com o U2, eles disseram: ‘De onde está vindo essa voz?’. Então ainda estou nessa jornada para ser um cantor. Não é como se eu tivesse tido o meu auge”. ‘Conversa com Bial’ vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 23h45 no GNT, e após o ‘Jornal da Globo’ na TV Globo. O programa tem apresentação e redação final de Pedro Bial, direção de Fellipe Awi e Mairo Fischer e produção de Anelise Franco. A direção de gênero é de Claudio Marques. |
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