Pela primeira vez, ‘Globo Repórter’ pisa no Azerbaijão e descobre os mistérios desse país pouco conhecido
Foto: Globo/Divulgação |
Terra que tem suas raízes no fogo, localizada na conexão entre a Europa e a Ásia, o Azerbaijão é cheio de riquezas e mistérios que serão desvendados nesta sexta-feira, dia 16, e na próxima, 23, no ‘Globo Repórter’. Em dois programas, o repórter Murilo Salviano, correspondente da TV Globo em Londres, percorre o país e, em uma viagem surpreendente, revela as tradições, culturas e sabores dessa nação. “Este programa é muito simbólico. Estamos trazendo para o ‘Globo Repórter’ uma região do planeta inédita, onde o programa nunca antes tinha pisado. Uma região que se manteve longe das câmeras por décadas e que preserva tesouros da humanidade. Viajamos pelo interior do país, longe do poder, descobrimos uma gente acolhedora, cenários exuberantes, muita história, com H maiúsculo. Testemunhamos as heranças deixadas pela famosa Rota da Seda, que fascinou viajantes durante séculos. Quem assistir a esse programa vai entender um pouco das “maravilhas” descritas pelo icônico Marco Polo”, garante Salviano. Cercado pelo Mar Cáspio e pelas montanhas do Cáucaso, o Azerbaijão é o país com mais vulcões de lama no planeta e ponto estratégico da histórica Rota da Seda, que movimentou o mundo na Idade Média. O repórter inicia a viagem em Yanar Dag, uma montanha em chamas que queima há mais de quatro mil anos, independentemente da força da chuva e da neve e se tornou um dos pontos turísticos do país. Hoje, a ciência explica que nas profundezas dessa terra existe uma imensa reserva de gás natural que alimenta as labaredas, mas antigamente esse fenômeno era considerado como algo sagrado. A força da crença no Zoroastrismo, uma das religiões mais antigas do mundo, levou à construção de templos e leva muitos indianos para o local. No programa, Murilo mostra como a religião, mesmo não sendo mais predominante no país, e seus símbolos ainda permanecem visíveis na cultura e tradições. A bordo de um Lada, um dos carros mais populares da União Soviética que até hoje é um dos queridinhos dos azerbaijanos, o repórter percorre 60 quilômetros da capital Baku até o Parque Nacional do Gobustan, onde os fantásticos vulcões de lama são resultados de um fenômeno geológico e formam bolhas de gás que podem ser vistas ao chegarem nas superfícies. “Eu estava imaginando que esses vulcões seriam bem quentes, porque estão bem ativos, mas é bem gelado, na verdade. Bem espesso, gorduroso”, conta o repórter ao se aproximar de um deles. Dos vulcões de lama, ele parte para o extremo norte do país com o objetivo de chegar até o alto das montanhas do Cáucaso, bem próximo à fronteira com a Rússia e percorre quase toda a costa leste do Azerbaijão, que também faz fronteira com a Georgia, Armênia e o Irã. No percurso, a paisagem se transforma, fica mais verde, exuberante e, de repente, ele se depara com um vale de montanhas onduladas, coloridas com redemoinhos em tons de vermelho com laranja. São as Montanhas ‘Candy Cane’, que foram apelidadas com esse nome por lembrarem aquelas bengalinhas doces de Natal, devido aos seus padrões geológicos. Após explorar o local, ele segue viagem e se depara com outro cenário: o da neve. No maior Parque Nacional do país, localizado em Shahdag, o repórter vai do fogo ao gelo para encarar uma grande montanha russa em meio à neve. Aos pés das montanhas da região norte do Azerbaijão, a cidade de Shaki, hoje Patrimônio Mundial da Unesco, era ponto chave da antiga Rota da Seda e um lugar estratégico de paradas. Murilo Salviano conhece os ‘caravanserais’, que funcionavam como pontos de descanso para comerciantes e viajantes descansarem e trocarem mercadorias e informações, e mostra como era feita a preparação dos chás, além de experimentar os doces que representam a mistura de tradições que aconteceu naquele local. Na cidade de Baskal, com menos de 600 moradores, residem os últimos artesãos de um tipo especial de seda, feito a partir de lagartas que formam casulos com a saliva. O repórter visita o ateliê do guardião dos segredos de kelagayi, tipo de seda secular que está na lista da Unesco de Patrimônios Imateriais da Humanidade, cuja tradição é presentear mulheres com o lenço. Junto com o mestre Abbas Ali, o repórter produz uma peça especial para a apresentadora Sandra Annenberg. O ‘Globo Repórter’ desta sexta-feira, dia 16 de maio, vai ao ar logo após a novela ‘Vale Tudo’. |
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