'Profissão Repórter' desta terça-feira mostra o drama e os desafios de mães solo na luta por pensão alimentícia


No último dia 13 de maio, durante o capítulo da novela ‘Vale Tudo’ em que a personagem Lucimar, uma diarista que sustenta o filho de 8 anos sozinha, busca ajuda judicial, o aplicativo da Defensoria Pública do Rio de Janeiro bateu recorde: mais de 270 mil acessos em poucas horas, com picos de 4,5 mil acessos por minuto. No Brasil, 11 milhões de mulheres criam seus filhos sozinhas. Nesta terça-feira, dia 10, o ‘Profissão Repórter’ mergulha na realidade dessas mães solo e revela os desafios enfrentados por quem precisa lutar por um direito básico: o recebimento da pensão alimentícia.

No Rio de Janeiro, o repórter Everton Lucas e a repórter cinematográfica Leticia Marotta acompanham a repercussão da novela sobre pensão alimentícia. “É um sentimento de responsabilidade”, diz Ingrid Gaigher, atriz que interpreta Lucimar em ‘Vale Tudo’. A artista tem recebido nas ruas o depoimento de mulheres que se veem na personagem, com os mesmos dilemas da maternidade solo. No Fórum do Meier, onde funciona a 4ª Vara da Família do estado, as audiências de conciliação fazem parte da rotina do Judiciário.

Até o mês de maio de 2025, o Tribunal de Justiça do estado registrou 12.324 processos relacionados a alimentos, um aumento de 28% em comparação ao mesmo período do ano passado. Em Salvador, a repórter Esther Radaelli e a repórter cinematográfica Talita Marchiori acompanham um mutirão da Defensoria Pública que orientou mulheres sobre acordos e ações para pensão alimentícia, atendendo cerca de 400 pessoas em um único dia. Um dos casos é o de Edileia Leal, mãe de uma criança com hiperatividade e TDAH, que gasta R$ 2 mil mensais com o filho, apesar de receber apenas R$ 303,60 de pensão. Sem poder trabalhar devido aos cuidados com a criança, ela sobrevive com o Bolsa Família e auxílio aluguel, e luta para aumentar o valor da pensão.

Mãe de dois filhos, Gutta Karimu viralizou nas redes sociais ao ensinar, de modo divertido, como as mulheres devem buscar seus direitos via Defensoria Pública. Ela afirma gastar cerca de R$1.200 com eles, recebendo R$400 de pensão. Gutta critica as mulheres que se orgulham de não pedir pensão aos ex-companheiros. “É um direito dos nossos filhos. É um direito da gente respirar um pouco melhor”, diz ela.

O repórter Thiago Jock e a repórter cinematográfica Letícia Marotta visitam o presídio José Frederico Marques, no Rio de Janeiro, onde ficam os presos por dívida de pensão alimentícia, também chamados de "P.A". Isolados dos demais detentos, eles não sofrem ameaças. A equipe do ‘Profissão Repórter’ acompanha a rotina desses homens, desde a chegada ao presídio até as entrevistas com defensores públicos e as audiências finais. O programa mostra também os seus familiares assistidos pela Defensoria Pública na tentativa de chegar a um acordo financeiro.

O ‘Profissão Repórter’ desta terça-feira, dia 10, vai ao ar logo depois do duelo entre Brasil e Paraguai pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026.

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