“Desde que eu me conheço como criança, eu tenho uma personagem para interagir com as pessoas”, diz Letícia Sabatella no Provoca
Foto Beatriz Oliveira |
Na terça-feira (21/5), Marcelo Tas conversa com a atriz e cantora Letícia Sabatella no Provoca. Na entrevista, a artista conta a história da parceria com Elza Soares em A Cigarra; canta trechos da música no programa e da canção Um Amor, Um Lugar, de Herbert Vianna; e fala sobre show que está fazendo, Letícia Sabatella canta Por Elas; a descoberta do autismo, timidez e muito mais. Vai ao ar na TV Cultura, a partir das 22h.
Tas pergunta como foi o encontro dela com Elza Soares. “O meu encontro com a Elza foi através do Gonzaga e do Wisnik (...) eles começaram a bolar Cóccix Até o Pescoço, um CD incrível (...) e foram conversar sobre isso no sítio que eu tenho, na região Serrana do Rio, e teve uma hora que eu falei: ‘vamos tomar banho de rio?’, e antes disso uma cigarra começou a cantar e tava um sol e eu falei: ‘ih, vai chover’. E ela falou: ‘não, a cigarra quando canta é sol’. E eu falei: ‘não, não, chove’. Aí fomos nadar no rio, nadamos, voltamos e no final do dia, ela no meio do terreno, a cigarra voltou a cantar, e ela falou: ’não disse que quando a cigarra canta é sol, não chove’. E começou a chover em cima dela (...) e a gente voltou no trânsito da ponte cantando: ‘quando a cigarra cantou me enganou, me enganou’ (...) e eu brincando com ela, e ela cantando e fazendo som de cigarra (...) ela voltou para casa dela e no outro dia mandou a letra (...) a música pronta (...) então sempre falava para ela: ‘foi você que fez a música’. ‘Não, nós fizemos a música, foi nosso encontro’”, conta Sabatella.
Durante a entrevista, Tas questiona qual personagem mais marcou sua carreira. “Eu tenho um processo de crescimento e de autoconhecimento intenso. Desde que eu me conheço como criança, eu tenho uma personagem para interagir com as pessoas. Na escola, com três anos de idade, eu lembro de ser uma criança que era tímida, mas quando tinha uma teatralização de alguma coisa, eu estava lá (...) eu sempre criava alguma brincadeira (...) eu inventei a mulher karatê, batia em todo mundo (...) o menino que gostava de mim, apanhava; eu era muito tímida”, diz.
Em outro momento da edição, a atriz conta que estava em uma roda de amigas e falaram sobre inveja. “Eu já sofri muito com inveja. Com a minha inveja. Porque a inveja do outro é do outro, ele que está sofrendo. Problema dele. Agora eu sentir inveja me fez muito mal (...) a inveja parte de uma admiração, que legal o que ela faz, essa pessoa é uma referência para mim (...) quando eu vejo Paolla Oliveira sambando com aquele corpo, eu sempre tive vergonha da minha bunda, não dá, meu corpo (...) que bom que tenha um modelo, uma referência, que eu possa admirar e que eu possa falar que legal, nosso corpo é legal”, comenta.
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