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O Brasil junino, a festa e suas origens no ‘Globo Repórter’ desta sexta-feira


Chegou o mês de junho e, com ele, uma tradição que nasceu no Nordeste mas é celebrada em todo o país. As festas juninas são o tema do ‘Globo Repórter’ desta sexta-feira, dia 6, que percorre o Brasil de Norte a Sul para mostrar as origens, os símbolos e as curiosidades do festejo em diversas partes do país, com reportagens de Bianka Carvalho e Isabel Ferrari.

“Foi uma experiência extraordinária conhecer mais da cultura junina do nosso país. O Brasil é muito rico e se a gente tem essa riqueza em toda a nossa cultura, é claro que tem também no São João. No jeito de vestir, no jeito de tocar, no jeito de dançar. Êta, São João bom. É a festa que eu mais gosto e fiquei ainda mais apaixonada depois desse programa”, afirma a repórter Bianka Carvalho.

Em Brasília, uma quadrilha deixou de lado o preconceito e uniu a dança com a fé. A quadrilha Buscafé é a primeira quadrilha evangélica do Brasil e existe há 20 anos. A repórter Bianka Carvalho acompanha um dos primeiros ensaios do ano do grupo e mostra como se dá o encontro entre culturas e pessoas que têm mais semelhanças do que diferenças. Raí Rafael é pastor e cantor da banda que acompanha o grupo. Ele mora na Argentina, mas não perde uma festa da Buscafé. “Eu nasci no Tocantins, mas eu fui registrado no Nordeste, no sertão pernambucano. Eu cresci ouvindo forró e acordava ouvindo Luiz Gonzaga tocando na rádio. Há quem diga que o dom e as composições de Luiz Gonzaga não vêm de Deus e que não podemos cantar a música por ser do mundo, mas a música fala de amor. Isso é gospel, isso é uma boa mensagem”, reflete.

No interior do Rio Grande do Sul, em Camaquã, a roupa de festa junina tem a cara das tradições gaúchas. Em vez de quadrilha e forró, a festa junina tem música, comida e roupas típicas da região. As meninas usam vestido de prenda, saia e camisa. Já os meninos, chamados de peões, usam bota, bombacha e lenço. A repórter Isabel Ferrari acompanha uma festa e conta como ela é celebrada por lá. “A cultura gaúcha é tão forte que até na época das festas juninas, em muitas cidades, a gente celebra com a indumentária que a gente aprende ainda criança como ‘prenda’. A roupa e toda a festa são gaúchas e as danças também”, revela Isabel.

A festa junina é uma celebração ancorada em dias de três santos católicos, Antônio, João e Pedro. Cada santo tem sua própria fogueira e é responsável também por outra tradição: as bandeirinhas. O professor, historiador e escritor Luiz Antonio Simas é um dos entrevistados do programa e fala sobre simbolismos juninos, a história dos santos e as tradições que são mantidas. “A provável origem das bandeirinhas é o estandarte dos santos. Tinha estandarte de Santo Antônio, de São João, de São Pedro... Saíram os santos, mas as bandeirinhas permaneceram. Então, os santos que emolduravam e eram emoldurados por esses estandartes, dão lugar às bandeirinhas pequenininhas”.

Em Campina Grande, na Paraíba, onde acontece uma das maiores festas juninas do país, Bianka Carvalho conhece João Sereco, idealizador da decoração do Parque do Povo durante o São João, que enche tanto os olhos dos moradores quanto dos turistas. No programa, João conta que tudo começou por volta do ano 1988, justamente com as bandeirinhas.

Não tem como falar de festa junina sem falar de comida. Carro-chefe do período junino, o milho é presente em diversas receitas que compõem os festejos e levam nomes diferentes em cada estado. No interior de São Paulo, o cereal ganhou uma festa especial, que reúne uma variedade de pratos e atividades relacionados ao milho: canjica, pamonha, polenta, bolos, sopas. O programa ainda explora diversidade dos nomes que as receitas levam em cada região.

O ‘Globo Repórter’ desta sexta-feira, dia 6, vai ao ar logo após a novela ‘Vale Tudo.

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